Na tarde de terça-feira (29), o Bitcoin (BTC) alcançou o valor recorde de R$ 423 mil pela primeira vez na história. Um investimento de R$ 1.000 feito há 10 anos na criptomoeda teria se transformado hoje em aproximadamente R$ 509.068, assumindo que o investidor manteve o ativo sem realizar vendas ao longo do período. Esse valor bruto não leva em conta as taxas de transação da rede, possíveis tarifas de saque em exchanges, nem impostos sobre o ganho de capital.
Em 29 de outubro de 2014, o Bitcoin era negociado a R$ 829,30, segundo o CoinGecko. Desde então, o ativo digital acumulou uma valorização extraordinária de 50.224%. Para efeito de comparação, as ações da Nvidia (NVDC34), destaque no setor de inteligência artificial, subiram 27.100% no mesmo período, enquanto a mineradora brasileira Vale (VALE3) teve uma valorização de 371,4%, conforme dados da TradingView.
O que está impulsionando a alta do Bitcoin?
Nos últimos dez anos, o Bitcoin passou de ser como algo “de nicho” para se tornar uma opção respeitada nas carteiras de investidores, tanto individuais quanto institucionais. Um dos fatores-chave para a recente valorização é a aprovação dos ETFs (fundos de índice) de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, ocorrida em janeiro deste ano. Essa novidade abriu portas para que mais investidores pudessem acessar o ativo, elevando sua demanda e seu valor de mercado.
Em março, o Bitcoin alcançou um novo recorde histórico, chegando próximo a US$ 74 mil. Nesta terça-feira, a moeda digital voltou a encostar nesse patamar, atingindo os US$ 73.500. A alta foi influenciada pelo aumento de fluxos em ETFs de Bitcoin nos EUA, que registraram uma entrada líquida de US$ 479,35 milhões, conforme dados da plataforma SoSoValue, marcando o maior fluxo diário das últimas duas semanas.
Além disso, o cenário político nos Estados Unidos está contribuindo para o otimismo em torno do ativo. A possibilidade de uma vitória de Donald Trump nas próximas eleições vem sendo vista pelo mercado como um estímulo adicional. Uma vez que o político manifestou recentemente apoio ao setor de criptomoedas e afirmou que transformaria os EUA em uma “superpotência do Bitcoin”.
Cuidados
Criptomoedas são ativos de alto risco, especialmente pela alta volatilidade associada a elas. O Bitcoin, por exemplo, tem histórico de variações significativas, com oscilações de dois dígitos ocorrendo até em um único dia. Devido a essa característica, especialistas recomendam que investidores analisem o mercado com cautela e destinem apenas recursos que não sejam essenciais para despesas cotidianas. Essa abordagem de gestão de risco ajuda a minimizar o impacto de perdas potencialmente elevadas e a proteger o capital de longo prazo.
